Nasceu na localidade de Murundu, município de Campos, em 29 de setembro de 1925. Filho de Orbílio de Souza Paes e Anna Fernandes Paes. Aprendeu a ler em Murundu e terminou seus estudos básicos no internato do Colégio Bittencourt, em Campos, prosseguindo-os no Liceu de Humanidades de Campos e concluindo-os no Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro, em 1946. Neste mesmo ano ingressou na Faculdade Nacional de Medicina (atual UFRJ) (Praia Vermelha), onde se diplomou em 1951.
Logo que ingressou no curso de medicina foi admitido como estagiário técnico de laboratório de análises no Instituto Fernando Figueira - Serviço de Maternidade e Pediatria de Fundação FIOCRUZ - em troca de ter onde morar. Lá trabalhou e residiu durante sete anos.
Terminada a graduação, especializou-se em Ginecologia e Obstetrícia nos hospitais da Promatre, onde foi plantonista, e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Retornou a Campos em 1953, onde, inicialmente, foi voluntário de duas entidades filantrópicas: Santa Casa de Misericórdia de Campos e Fundação Policlínica, Maternidade e Hospital Infantil. Na Santa Casa foi trabalhar na enfermaria Santa Clara de Cirurgia Ginecológica, sob a chefia do Dr. Jaime Faria, e na fundação como pediatra no Hospital Infantil.
Na Santa Casa de Misericórdia de Campos, juntamente com Dr. Ary Vianna, fundou o Laboratório de Análises Clínicas.
Ingressou no Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU) em 1° de maio de 1953. Em 1958 foi admitido como médico no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC), onde serviu até 1967, quando os institutos foram fundidos no INPS. Foi escolhido para ser o primeiro coordenador médico no novo Instituto, cargo que exerceu com esmero até 1971, quando passou a exercer a função de Supervisor Hospitalar do INAMPS, até se aposentar em 1993.
Dr. Wilson foi membro fundador da Comissão de Implantação da Faculdade de Medicina de Campos, onde foi professor assistente das cadeiras de Ginecologia e Obstetrícia.
Na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia foi presidente em 1967, substituindo Dr. Plinio Bacelar. Em sua rápida passagem pela presidência, tornou-se peça importante na implantação da Faculdade de Medicina em Campos, visto que, acumulando também a função de membro efetivo da Comissão de Implantação da Faculdade, possibilitou uma total e perfeita integração entre as duas entidades, abreviando as soluções e as necessárias autorizações para as reformas e adaptações que se faziam necessárias, inclusive na sede da Sociedade, tornando-a mais funcional, de modo a atender às necessidades da futura escola médica.
Foi também Dr. Wilson Paes, na condição de vice-presidente da então Liga Campista do Norte Fluminense de Combate ao Câncer, quem lutou para que o Hospital Escola Álvaro Alvim fosse incorporado à Fundação Benedito Pereira Nunes, entidade honrada pela sua passagem pela presidência.
O que o levou à atividade política foi mais um impulso de doação que de vocação carreirista. Como político foi vice-prefeito, prefeito e secretário de Saúde do município, tendo atuado neste último cargo por um bom período.
Médico, entusiasta da profissão, cumpriu as promessas do juramento com fidelidade, mostrando se sempre atento às preceituações que exigiam a ciência e a caridade.
Ainda temos do seu vastíssimo currículo: médico ginecologista do Hospital dos Plantadores de Cana, por mais de duas décadas; médico fundador e chefe do serviço de obstetrícia de Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos, que recebeu o seu nome muito antes do seu falecimento: presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima: diretor geral do Hospital Estadual Ferreira Machado (1978/1989).
Ingressou no movimento leonístico como sócio fundador do Lions Clube de Campos, em 06 de agosto de 1957, permanecendo como leão 100% até o seu falecimento. Acompanhou e estimulou o desenvolvimento do leonismo no Distrito e L-30 no Brasil. Ajudou o seu clube a fundar outros 10 clubes de Lions. Foi presidente por três vezes do Lions Clube de Campos e chegou a governador pelo Distrito L-30, onde tomou posse do cargo em Fhênix, estado do Arizona (USA), em julho de 1994.
Respeitado e admirado por leões de outras plagas, conquistou sólidas amizades. Em relação ao serviço desinteressado revelou se um homem que nasceu para servir.
Como homem de fé que era, colocava sua vivência cristã a serviço dos movimentos da igreja. Foi dirigente zeloso dos Cursilhos da Cristandade.
Sua conhecida eloquência no trato com a palavra, prendia o ouvinte, encantava a plateia, conquistava admiradores e convencia. Era a favor do discurso curto, para não se tornar enfadonho.
Casado com sua “doce” Maria Rita, com ela teve cinco filhos: Sylvia Márcia, Wilson Paes Júnior, Thaíz Helena, Rita de Cássia e Carlos Frederico.
Pertenceu A Academia Campista de Letras, cadeira 6, cujo patrono é Benedito Pereira Nunes, de quem era um grande admirador.
Em reconhecimento ao seu empenho, quando era vice prefeito e presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, para que a Academia Pedralva Letras e Artes tivesse a sua sede no Palácio da Cultura, a Academia o tornou sócio benemérito.
Foi agraciado com a Medalha Tiradentes, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Em novembro de 1995 a Câmara Municipal de Campos lhe concedeu a Ordem Municipal do Mérito, e no mês abril de 2007 recebeu da referida Câmara a Ordem do Mérito Albert Sabin.
Faleceu no dia 3 de janeiro de 2009.