Nasceu no ano de 1885. Viveu a maior parte de sua vida em Campos, sua terra natal.
Como profissão, escolheu a de médico e fez da medicina um verdadeiro sacerdócio.
Versou a sua tese de doutoramento sobre o abastecimento da água do Paraíba a Campos.
Acadêmico de medicina, "não revelou inclinação aberta para nenhuma das disciplinas do curso porque todas o atraiam", disse em discurso o Dr. Hugo Viana Marques, em sessão pública com que a Liga Brasileira de Higiene Mental do Rio, homenageou a memória do grande campista.
Quando da inauguração da "Galeria da Saudade" na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, em 24 de janeiro de 1938, o ilustre Professor Décio Parreiras orador oficial da solenidade, referindo-se à figura de Severino Lessa proferiu estas belíssimas palavras: Espírito brilhante, talento de primeira água. Orador imaginoso e convincente, estabelecia premissas com as quais chegava a conclusões irrefutáveis. Gênio inventivo, o Brasil deve-lhe nada menos que três iniciativas beneficiadoras da indústria nacional e do açúcar, com a competente legislação sobre o carburante nacional. É difícil dizer-se o que mais se admirar nas qualidades de Severino: se a sua indômita bravura, sempre a serviço das causas justas; se a nobreza do gesto; se a elegância de atitude quando feria o adversário altivo; se a bondade sem par para com os necessitados que dele se acercavam; se o espírito de iniciativa que sempre pôs à mostra.
Severino escreveu para todos os jornais de sua terra, opinou todos os problemas administrativos, políticos e sociais de sua gente. Enfrentou e dirigiu as mais árduas campanhas no seu tempo e desde moço, nunca deixou de ser apreciador da prosa e do verso, deixando-nos produções cheias de doçura, amor e suaves vibrações.”
Mais do médico: Severino Lessa era um cientista cujo nome deixou escrito nos livros de presença de vários congressos.
Faleceu em 1930.
Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).