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José Bernardino Batista Pereira de Almeida (patrono)


Nascido em 20 de maio de 1783, na cidade, então Vila de Campos dos Goitacazes, que a esse tempo fazia parte da capitania do Espírito Santo.

 

Depois de haver concluído os seus estudos de humanidades no Rio de Janeiro, partiu para Coimbra, onde se formou em Direito Civil.

 

Regressando à Pátria, abraçou, ainda jovem, a carreira de magistratura. Foi nomeado Juiz de Fora de duas vilas brasileiras: a de Santo Antônio de Sá e a de Magé.

 

José Bernadino, desde cedo, se dedicou às letras e com sucesso. Escreveu e publicou em 1823, uma interessante memória a que intitulou “Esboços sobre obstáculos que se tem oposto à prosperidade da vida de Campos”, na qual, com rijo pulso, atacou a "chicana e a trapaça que então haviam armado o seu trono", na nossa terra.

 

No gabinete organizado a 15 de junho de 1828, foi o Dr. José Bernadino chamado para a pasta da fazenda. Três meses depois, assume o ministério da justiça, cargo que exerceu como, talvez, nenhum no Brasil o exerceu depois dele, usando da maior energia na regressão dos crimes, visitando as prisões ouvindo todos os detentos e restituindo a liberdade aos ilegal e arbitrariamente privados dela, fazendo desta forma a mais rigorosa justiça, aos estritos preceitos da Constituição, indo mesmo, em muitos atos da sua vida pública, de encontro à vontade superior, a que todos só mais se curvavam submissos, recusando-se mais tarde a voltar a servir nesses eminentes cargos, mesmos depois, no tempo da regência, por mais de uma vez.

 

Diz Joaquim Manoel Macedo no seu Ano Biográfico: "José Bernadino tinha plena, e absoluta confiança no despacho ou na sentença firmadores do direito contra o mais rico ou o mais poderoso, que pretendesse sofismá-lo. Infelizmente para a magistratura brasileira José Bernardino, abandou-a em 1821".

 

Teixeira de Mello, também ilustre campista, patrono da Cadeira 19 da Academia Campista de Letras e biógrafo de José Bernadino, afirma: "Depois do bispo Azeredo Coutinho, nenhum cidadão conheço, na história privativa do nosso município, mais merecedor de ocupar a nossa atenção do que o Conselheiro José Bernardino Batista Pereira de Almeida".

 

Fonte: Revista da Academia Campista de Letras (2009), texto escrito pelo acadêmico Dr. Welligton Paes (adaptado).

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