Nasceu em Campos, no dia 5 de agosto de 1865, filho de Joaquim Fortunato de Faria e Sousa e de D. Francisca Catarina Bourguier, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de novembro de 1931.
Fez seus estudos primários e secundários em sua terra natal, tendo ingressado na tradicional Faculdade de Direito de São Paulo, concluído o Curso Jurídico em 1885.
Alberto de Faria pertencera à esplêndida geração que fez a campanha abolicionista e propaganda republicana.
Logo que deixou a Faculdade, veio exercer a profissão em Campos, sua terra natal, naquela época centro de grande atividade intelectual, com um fôro movimentado e culto.
Alberto de Faria alcançou rápida clientela, pelo talento, pelo zelo e pelo denodo com que defendia as causas que lhe eram entregues. Veio depois para o Rio de Janeiro, e foi como franco-atirador da imprensa, em longas e famosas polêmicas sobre diversas questões de interesse público, que o seu nome se tornou notável, pois além do saber jurídico, transpareciam as qualidades do escritor apurado e elegante, que se lê com prazer.
Alberto de Faria além de jurista, intelectual brilhante e jornalista atuante, foi empresário bem sucedido, interessando-se pelo desenvolvimento do Rio de Janeiro, tendo sido com Rocha Miranda e Castro Maia, Diretor da Companhia Carris Urbanos, primeira empresa de transportes da cidade, ainda de tração animal. Por ocasião de sua eletrificação, vendeu-a em 1903, à Companhia Jardim Botânico, retirando-se do negócio e mudando-se com a família para a Europa, onde residiu por algum tempo.
Regressando à Pátria, dedicou-se a pesquisas históricas, destacando-se como biógrafo de Irineu Evangelista de Souza, em seu magnífico livro “Mauá”.
Encontramos uma particularidade marcante em sua biografia: foi genro do Conselheiro Tomás Coelho (também campista), senador do Império e Ministro da Guerra do Gabinete João Alfredo em 1888/1889; sogro de Afrânio Peixoto e de Alceu de Amoroso Lima, e pai de Otávio de Faria. Os três últimos, membros da Academia Brasileira de Letras.
Alberto de Faria foi eleito para a A.B.L. em 1928 (cadeira 29), Patrono da F.A. Varnhagen. Para saudá-lo, foi escolhido o Ministro Hélio Lobo que, referindo-se ao ilustre campista, proferiu um belo discurso que valeu como expressivo perfil.
Foi o terceiro campista eleito para a A.B.L. Os dois primeiros foram José Alexandre Teixeira de Mello e José do Patrocínio (fundadores).